sábado, 18 de agosto de 2012

Sacolas plásticas: Como se desvencilhar de algo tão prático?


“Um homem não se banha duas vezes no mesmo rio, porque nunca é o mesmo homem e nunca é o mesmo rio.” Trouxe esse pensamento de Heráclito, pois ele reflete bem a idéia de mudanças, modificações. O filósofo que viveu entre 540 a.C e 470 a.C já sabia que o mundo estava em constante modificação, seja da própria matéria ou dos pensamentos e ideologias. Estas mudanças certas vezes nos surpreendem, mas temos de aprender a nos adaptar a elas.
No início de 2011, a população da cidade de Belo Horizonte (Minas Gerais), foi tomada de surpresa a partir da publicação da Lei 9529/2008, que proibiu a distribuição de sacolas plásticas convencionais pelos estabelecimentos comerciais do município. Neste mesmo ano foi sancionada no município de São Paulo a lei que proíbe a distribuição de sacolas plásticas na cidade, que passará a valer a partir de 1º de janeiro de 2012. Em muitos países essa proibição já existe há vários anos, como na Alemanha e na Irlanda.
As sacolas biodegradáveis, pela sua origem vegetal (fabricadas com matéria-prima como o amido, a mandioca e o milho), causam menos impactos ao meio ambiente, tanto na produção quanto nos demais processos do seu ciclo de vida, levando cerca de 180 dias para se decompor, mas ainda assim, podem constituir-se em problemas. 
Analisando-se o ciclo de vida das sacolas plásticas convencionais (que possuem o petróleo como matéria-prima), são gerados os mais diversos impactos desde a etapa anterior à sua fabricação até a sua deposição final, podendo ser citados o uso do recurso natural não renovável, a contaminação da água por vazamento de petróleo durante seu transporte pelos oleodutos, emissão de gases na etapa de refino do pretóleo, no transporte dos produtos gerados e durante a fabricação do plástico, o longo tempo para se decompor no meio ambiente (leva cerca de 400 anos), além de problemas relacionados ao seu descarte inadequado.
Mas como deixar de lado um costume tão prático, presente no mundo desde o ano de 1862?
Existem várias maneiras. Veja algumas atitudes que você pode tomar:
  • Passe a levar sua sacola quando for comprar algo. Dê preferência às sacolas retornáveis, como as de pano, que são resistentes e baratas (é possível encontrar vários modelos);
  • Caso não tenha, leve as de plástico que você tem em casa, assim você estará contribuindo com a redução do volume delas que chegam aos aterros sanitários;
  • Esqueceu-se de levar sua sacola? Verifique com o atendente se há outras opções, como os sacos de papel e as sacolas biodegradáveis e dê preferência a estes. Tome cuidado com as opções oferecidas, as sacolas oxibiodegradáveis, ao contrário do que muitos pensam, levam o mesmo tempo para se decompor que as sacolas convencionais, a única diferença é que ela se fragmenta mais rápido, mas estes fragmentos permanecerão no ambiente por muito tempo;
  • Se a compra for grande, peça ao atendente caixas de papelão, que ainda servirão para acondicionar seus resíduos, como as sacolas plásticas;
  • Avalie se não está consumindo mais que o necessário, pense se os produtos serão mesmo utilizados. Reduzindo a compra, automaticamente será reduzido o número de sacolas utilizadas.
Muitos irão se perguntar, mas então, como irei acondicionar meu lixo?
Em primeiro lugar, pense no princípio dos 3 R’s: REDUZIR a quantidade de resíduos gerados, REUTILIZAR o que for possível  e RECICLAR seus resíduos potencialmente recicláveis. Depois disso, destine o que sobrar dentro de caixas de papelão.
Se na sua cidade ainda não há nenhuma lei ou campanha que proíba o uso das sacolas plásticas, tenha atitude e faça assim mesmo sua parte, pois com certeza sua cidade irá implantar algo parecido e você já saberá o que fazer!
Autora: Rafaela Priscila Sena do Amaral - Diretoria

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